domingo, 29 de maio de 2011

PIPA – Picadeiro da Palavra.


A quebra dos paradigmas, das hierarquias, da dicotomia público/espectador. A carnavalização que Roberto DaMatta sugere, ou ainda a teoria de Bakhtin na prática, “o povo representando a si mesmo”, como no carnaval da idade média. Mas é tudo muito (pós) moderno, microfones, pedaleiras, macintosh’s, livros espalhados pelos colchões, que por sua vez ficam espalhados pelo palco do circo. A inversão do conceito, a plateia divide o palco com o artista, que por vezes vira plateia. Ou melhor, a plateia não existe, todos são artistas, todos no mesmo plano. Poesia, música, dança, interpretação, performance, intervenção, etc. o direito de ir e (se) ver e fazer. A produção instantânea, sem ensaio, roteiro ou direção. A realização das possibilidades, o estudo das linguagens artísticas, a livre expressão da vontade, a poesia que, literalmente, sai do chão. Só vendo para entender. O diálogo entre uma expressão e outra e todas. A tecnologia, o pós-estruturalismo (na ausência de identidade, todo mundo é – pode ser- tudo) a complexidade que só existe pela simplicidade com que a arte é encarada.


"todo mundo é,
todo mundo pode ser".

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